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No Bien Ni Mal fortalece a reputação dos cavalos sul-americanos nos EUA ao permanecer invicto

  • Foto do escritor: Lineage Bloodstock
    Lineage Bloodstock
  • 23 de set.
  • 4 min de leitura

No Bien Ni Mal reforçou a reputação dos cavalos de corrida sul-americanos nos Estados Unidos ao manter seu recorde invicto em sua segunda participação na América do Norte, a Greenwood Cup Stakes (G3), realizada em 20 de setembro de 2025, no Parx Racing, Pensilvânia. O alazão brasileiro de quatro anos, criado pelo Haras Santa Maria de Araras em Bagé, Rio Grande do Sul, e criado no Haras Fronteira, é treinado por Paulo Lobo para o Haras Duplo Ouro do Sr. Ricardo Felizzola. Ele percorreu a milha e meia em 2:31.23, derrotando decisivamente Double Your Money por 1 ¾ corpos, deixando o restante do pelotão mais de sete corpos atrás.

No Bien Ni Mal (Hofburg) com Joel Rosario dominando em Parx Racing.
No Bien Ni Mal (Hofburg) com Joel Rosario dominando em Parx Racing.

A corrida decorreu num ritmo controlado. Guiado desta vez por Joel Rosario, No Bien Ni Mal fixou-se na terceira posição, atrás dos favoritos Digital Ops e Double Your Money, que estabeleceram tempos de 25,13 no primeiro quarto e 49,22 na meia milha, numa pista que produzia tempos rápidos. Quando se aproximaram da linha de três quartos (1:15.19), Rosario pediu à sua montaria que avançasse. Na curva final, Digital Ops começou a perder força, Double Your Money assumiu a liderança, mas No Bien Ni Mal lançou o seu ataque externo, empatou na reta final e abriu caminho sem esforço e com autoridade. Nas passadas finais, ampliou a sua vantagem sem se estender totalmente, confirmando a impressão deixada pela sua vitória anterior em Saratoga. Lobo, garantindo a sua primeira vitória na temporada de Parx, observou que o plano era dar ao potro um desafio progressivo: "Todo o seu pedigree é orientado para a resistência, e estamos a pensar nas grandes corridas do próximo ano, até mesmo na Taça do Mundo de Dubai."


Esta campanha nos EUA dá continuidade ao que No Bien Ni Mal já havia demonstrado em seu país natal, o Brasil. Ainda juvenil, ele se classificou entre os melhores stayers do país, tendo como principal conquista o Grande Prêmio Derby Paulista. Em 2024, estreou em Maroñas, Uruguai, apresentando excelentes performances. A Duplo Ouro Stables LLC, de Ricardo Felizzola, o enviou aos Estados Unidos no final de janeiro de 2025, e sua adaptação tem sido impecável: duas corridas, duas vitórias sob os cuidados da equipe de Paulo Lobo no The Thoroughbred Center.


No Bien Ni Mal é filho de Hofburg, um garanhão importado para o Brasil por Julio Bozano. Hofburg é filho de Tapit (Pulpit) de Soothing Touch, de Touch Gold (Deputy Minister), vice-campeão no Belmont Stakes de 2018 e terceiro no Florida Derby. Ele vem da poderosa família {2-d} descendente de Natalma (Native Dancer), mãe de Northern Dancer (Nearctic). Desde sua primeira safra brasileira, Hofburg produziu vários vencedores de grupo em terra e grama, incluindo Vitruvian, Nam Phrik, New Future e o talentoso No Bien Ni Mal, que impressionou em Maroñas antes de vencer em Saratoga. Sua progênie normalmente se destaca na terra, com nomes como No Bien Ni Mal, Nam Phrik, New Future e Óbvio se destacando, enquanto outros como Vitruvian, Niver Ball, Navy Of War e Osten também tiveram um bom desempenho na grama.


A mãe de No Bien Ni Mal é Una Beleza (Signal Tap, por Fappiano), uma vencedora dupla de G1 em São Paulo da distinta família {9-h}. Sua terceira mãe é a lendária Griffe de Paris por Telescópico e de abril em Paris, por Locris, a égua campeã de 1991 que conquistou o Grande Prêmio OSAF (G1) na Cidade Jardim, São Paulo, com um notável rally tardio. De Griffe de Paris descende uma dinastia de campeões: G1W Generaux, G1W Global Hunter, G1W Lady de Paris, G1W Ollagua, G1W Greta G, G1W Grezzo, G1W Lah Lah Lah, G1W Naturalizada, cavalo recordista Open Bar, G2W Cerro Largo, G2W Bay Ovar, G2W Artejusta, entre outros. A própria Una Beleza é meia-irmã de Touriga (Put It Back), uma vencedora de G1. A marca registrada desta família é sua capacidade de transmitir resistência e poder de finalização — características agora evidentes no No Bien Ni Mal.


Geneticamente, seu pedigree apresenta uma duplicação de Fappiano (Mr. Prospector) em 3x5, via Signal Tap e Unbridled (avô de Tapit). Este cruzamento contribui tanto com potência bruta quanto com solidez estrutural. A linha Tapit/Pulpit garante grande resistência através do Seattle Slew, enquanto a influência argentina do Telescópico no lado feminino injeta velocidade. O resultado é uma mistura ideal para longas distâncias em terra, como comprovado na Greenwood Cup.


Com esta vitória, o potro brasileiro mantém um histórico impecável nos EUA e abre um amplo leque de possibilidades para o inverno e a primavera de 2026. Seu treinador mencionou o Clark Stakes (G2) em Churchill Downs no final de novembro como o próximo alvo, com a Copa do Mundo de Dubai (G1) em março, com premiação de US$ 12 milhões, como meta de longo prazo. Lobo sugeriu a Felizzola que o cavalo se sai bem em provas de 1,6 km ou mais, tornando tais desafios bem acessíveis.


A operação de Felizzola, sob os sedos amarelo e azul da Duplo Ouro, vem se consolidando globalmente. Além de No Bien Ni Mal, seu irmão paterno, Obstacle (Hofburg), quebrou recentemente um recorde de longa data em Maroñas e pode embarcar para Lexington após o José Pedro Ramírez (G1) em 6 de janeiro. Outro de seus cavalos, Sparco (Verrazano), acaba de terminar em segundo lugar em uma classificatória latina na Gávea, no Rio de Janeiro, e está disputando as corridas G1 do Brasil. Felizzola investe em genética de ponta e os cria no Haras Fronteira, onde o veterinário residente, Dr. Alex Menezes, desempenha um papel fundamental.


O treinador Paulo Lobo também melhorou o plantel sob seus cuidados. O vencedor da Tríplice Coroa Uruguaia, Suablenanav TH (TH Approval), o campeão Devassa (Alcorano) e o vencedor do G1, Dale Flojita (Sloane Avenue), foram todos exportados e agora estão sob sua supervisão. Isso destaca a ambição dos proprietários dispostos a arriscar e investir para elevar as corridas sul-americanas — especialmente Uruguai e Brasil — ao cenário mundial, com o objetivo de disputar os principais clássicos americanos.


Em um cenário onde a exportação de corredores sul-americanos para os EUA tem rendido dividendos, a ascensão de No Bien Ni Mal reforça a reputação de puro sangue da região. Se sua progressão continuar, sua campanha poderá espelhar estrelas sul-americanas do passado na América do Norte, acrescentando mais um capítulo glorioso ao legado de Griffe de Paris, cuja família continua a produzir campeões capazes de vencer corridas de prestígio em ambos os hemisférios.

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